07/07/2014

É possível fazer educação sem escola?

Estava mexendo nas apostilas antigas da faculdade de educação física e me deparei com um texto do Sebastião Rocha chamado "É possível fazer educação sem escola?".


O educador, antropólogo e folclorista Tião Rocha
(Foto: Divulgação / Danilo Verpa)


Uma das coisas que me chamou atenção no texto foi a fala do Sebastião a respeito da postura do professor. Ele difere o professor do educador. O professor, segundo ele, é aquele que ensina e o educador é o que tem necessidade de aprender mais do que ensinar.
Isso de certa forma, vai de encontro com o que eu comentei sobre os "hábitos de leitura dos professores". Com professores cada vez mais distantes dos livros, com cada vez menos vontade de buscar, aprimorar, aprender, descobrir e se informar, como teremos bons educadores para nossos alunos?
Em outro ponto do texto ele lembra que bons educadores fazem boa educação, mas que maus educadores fazem má educação.
A resposta para a pergunta do título é sim! É possível fazer educação sem escola, mas para isso é necessário ter bons profissionais, com boas ideias para que a educação aconteça de fato.
Ao que parece, hoje, temos mais professores em sala de aula do que educadores. Pessoas desmotivadas pelos salários, pela bagunça em sala de aula, desinteresse dos alunos e pais, entre outros fatores que só contribuem para uma educação de péssima qualidade.
E o que fazer para reverter esse quadro? Eu faço a minha parte tentando todos dos dias ser educadora, e não professora apenas. Mais do que ensinar, busco aprender para motivar da melhor forma meus alunos.
É uma tarefa árdua se auto-motivar para poder motivar os outros. As vezes da preguiça, as vezes parece que não vai funcionar, que não vai dar certo, mas a persistência e a esperança são os combustíveis dessa batalha diária.
E você, tem sido mais professor ou educador?


5 comentários:

  1. Lindo post, compartilharei ele, pq só vi verdades. maioria dos professores estão desmotivados, falta amor pela profissão, pouco são que realmente educa.
    http://contodeumlivro.blogspot.com.br/

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    1. Infelizmente né? Quem sabe a coisa não muda com tempo, eu tenho esperanças. =)

      Obrigada pela visita!
      Bjs!

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  2. Oi Fernanda,

    realmente é uma carreira difícil essa que escolhemos e, às vezes, por mais que tentemos ou busquemos estratégias para motivas os discentes, eles simplesmente (pelo menos uma parte) não quer. Eu já ouvi de aluno que eu tinha que me adaptar ao ritmo dele (ler textos, aparecer ou não na aula, fazer trabalho ou não) e não eles se adaptarem ao ritmo do curso. E isso é muito triste, pois escolhemos textos, compramos livros, passo a férias lendo e pesquisando os textos mais bacanas e atuais para os discentes e eles simplesmente não leem e não querem saber de aprender.
    É desmotivante? Sim.
    Mas saber que em uma turma de 30, pelo menos dois entenderam o porque e seguem em frente é o que me motiva.
    Esse ano, recebi uma mensagem de uma ex-aluna, me agradecendo pelas aulas que dei e que, só ao entrar no mestrado, entendeu a minha metodologia utilizada em sala e, que os textos lidos lá, se tornaram mais fáceis, pois eu já havia trabalhado antes com ela.
    Isso é gratificante.

    Beijos,

    --
    Priscila Yume
    http://yumeeoslivros.blogspot.com.br/

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    1. Realmente o que motiva é pensar nesses dois que se salvam, mas seria maravilhoso se de uma sala com 30, somente 2 não se salvassem... É uma profissão difícil, só quem realmente ama o que faz briga para poder fazer direito.

      Obrigada por me visitar
      Bjs!

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  3. Seu post está ótimo.
    E penso que é mais fácil educar debaixo de uma árvore que na escola.
    Escola é sim muito importante, mas educação também vem de casa.

    Beijos
    http://fernandabizerra.blogspot.com.br

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